O Sena é um rio que não divide. Ao contrário: une, agrega, compartilha.
Pelo menos, foi o que eu senti.
Na maioria dos lugares, rios são marcos de divisão. Dividem fronteiras, dividem pessoas, dividem pobres de ricos.
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Não sei se os parisienses usam o rio para se referenciar: os que moram à margem direita, os que moram à margem esquerda; os que moram rio acima, os que vivem rio abaixo.
O que percebi é que o rio é mais um dos referentes da cidade como lugar de convivência.
As pessoas ficam nas margens, lendo, namorando, ouvindo música, trabalhando, comendo, deixando o tempo passar lento no ritmo das águas.
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O rio as atrai. Parece acalmar, trazer paz.
Além de servir como meio de transporte, por uma grande parte da cidade, é um local amigável e inspirador.
Ele e suas pontes fazem parte da vida do morador de Paris.
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Sobre isso - sobre o amor ridículo - Fernando Pessoa já falou, pela voz de Álvaro de Campos:
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“Todas as cartas de amor são
RidículasNão seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas
[…]
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas”
[…]
Às vezes, também sou ridículo. É uma das minhas virtudes.
O fantástico Cafe Panis, fica à margem do Sena, do lado oposto à Notre Dame |
Sentar na ponte prá ler |
Sentar na margem prá descansar da volta de bike e conferir as mensagens no celular |
Lá na frente, a Notre Dame |
Um comentário:
Paulo,
Observar a poesia do rio, da margem. O exemplo mostra que cidades importam mesmo é pelo que somos, o que fazemos nas suas ruas e o que vivemos nas esquinas. No entanto, vc teve olhos para enxergar outras coisas."Para mim, a cidade mais linda que eu conheço é a última em que caminhei apaixonada, assim, como vc apresenta e se mostra em Paris".
Beijo
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