domingo, 11 de dezembro de 2011

UM RIO... UM CAMINHO…











































O Sena é um rio que não divide. Ao contrário: une, agrega, compartilha.
Pelo menos, foi o que eu senti.
Na maioria dos lugares, rios são marcos de divisão. Dividem fronteiras, dividem pessoas, dividem pobres de ricos.


Clique na foto para ampliar




Não sei se os parisienses usam o rio para se referenciar: os que moram à margem direita, os que moram à margem esquerda; os que moram rio acima, os que vivem rio abaixo.


O que percebi é que o rio é mais um dos referentes da cidade como lugar de convivência.
As pessoas ficam nas margens, lendo, namorando, ouvindo música, trabalhando, comendo, deixando o tempo passar lento no ritmo das águas.






Clique na foto para ampliar


O rio as atrai. Parece acalmar, trazer paz.


Além de servir como meio de transporte, por uma grande parte da cidade, é um local amigável e inspirador.


Ele e suas pontes fazem parte da vida do morador de Paris.










Clique na foto para ampliar
Músicos de rua escolhem ficar ali, não só pelo trânsito maior de turistas. Também é pelo cenário que o Sena e suas pontes constroem. 




















Clique na foto para ampliar
Há duas pontes no Sena - A Pont Des Arts e a Pont de L'Archevêché - onde nasceu uma tradição poética e ingenuamente apaixonada de prender cadeados nas grades de proteção, com os nomes do casal e jogar a chave no rio. Acreditam, os bobos ridículos, que esse ato tornaria seu amor infinito, presos para sempre. Ridículos!










Clique na foto para ampliar























Sobre isso - sobre o amor ridículo - Fernando Pessoa já falou, pela voz de Álvaro de Campos:



Clique na foto para ampliar


“Todas as cartas de amor são
Ridículas
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas


[…]


As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas


Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas”


[…] 






Às vezes, também sou ridículo. É uma das minhas virtudes.





























O fantástico Cafe Panis, fica à margem do Sena, do lado oposto à Notre Dame






Sentar na ponte prá ler








Sentar na margem prá descansar da volta de bike e conferir as mensagens no celular

















































Lá na frente, a Notre Dame


























































Um comentário:

Débora disse...

Paulo,

Observar a poesia do rio, da margem. O exemplo mostra que cidades importam mesmo é pelo que somos, o que fazemos nas suas ruas e o que vivemos nas esquinas. No entanto, vc teve olhos para enxergar outras coisas."Para mim, a cidade mais linda que eu conheço é a última em que caminhei apaixonada, assim, como vc apresenta e se mostra em Paris".

Beijo